HAZOP Estudos dos perigos e Operabilidade
CEI – CONSULTORIA DE ENGENHARIA INDUSTRIAL
DESENVOLVIMENTO DE CAPACITAÇÃO E ALINHAMENTO DE INFORMAÇÃO
ASSUNTO:
HAZOP – ESTUDO DE PERIGO E OPERABILIDADE
Srs
esse trabalho é pesquisado e faz referências a textos originais de autoria da Prof. Laís
Alencar de Aguiar Apostila PROMINP e avaliei como um excelente trabalho
escrito sobre o HAZOP pelo que tenho participado na elaboração de HAZOP em
obras segmento PETROBRAS e como docente ministrando a disciplina de Analise de
Riscos no Curso de Aperfeiçoamento de Segurança do Trabalho Aplicado a Óleo e
Gás PROMINP/CPQT/PETROBRAS/ANP.
Na oportunidade
desenvolvi vídeo de apresentação dessa tema HAZOP e assim como trabalhamos dinâmica
de grupo como apresentação dos alunos do Curso de Aperfeiçoamento de Segurança
do Trabalho Aplicado a Óleo e Gás cujo os links estão no final desse trabalho.
Alinhamos
essa informação a quem interessado como muito importante no alinhamento de
informação a quem irá integrar a equipe multifuncional de elaboração do HAZOP –
ESTUDO DE PERIGO E OPERABILIDADE.
ESTUDO DE PERIGO E OPERABILIDADE - HAZOP
1. Objetivo 2. Aplicação
3. Dados Necessários
4. Pessoal Necessário e suas Atribuições
5. Estimativa de Tempo e Custo Requeridos
6. Natureza dos Resultados
7. Apresentação da Técnica HAZOP
8. Principais Vantagens da Técnica HAZOP
9. Modelo de Planilha HAZOP
1. Objetivo
A técnica denominada Estudo de Perigo e Operabilidade – HAZOP
(HAZARD AND OPERABILITY STUDIES) visa identificar os problemas de
Operabilidade de uma instalação de processo, revisando metodicamente o projeto
da unidade ou de toda fábrica. Esta metodologia é baseada em um procedimento
que gera perguntas de maneira estruturada e sistemática através do uso
apropriado de um conjunto de palavras guias aplicadas a pontos críticos do
sistema em estudo.
Ciclo
1: A integridade física do Operador
Ciclo
2: A máquina
Ciclo
3: O processo
Ciclo
4: O meio ambiente
2.
Aplicação
A
técnica de HAZOP, como é uma metodologia estruturada para identificar desvios
operacionais, pode ser usada na fase de projeto de novos sistemas/unidades de
processo quando já se dispõe dos fluxogramas de engenharia e de processo da
instalação ou durante modificações ou ampliações de sistemas/unidades de
processo já em operação. Pode também ser usada como revisão geral de segurança
de unidades de processos já em operação. Portanto, esta técnica pode ser
utilizada em qualquer estágio da vida de uma instalação. A análise por HAZOP
foi desenvolvida originalmente para ser aplicada a processos de operação
contínua, podendo, com algumas modificações ser empregada para processos que
operam por bateladas.
Não se pode executar uma HAZOP de uma planta em fase de
projeto antes de se dispor do P&ID (Diagramas de Tubulação e
Instrumentação) da mesma. Deve-se, entretanto, executá-lo logo após o término
do P&ID a fim de que as possíveis modificações oriundas da análise possam
ser incorporadas ao projeto sem maiores custos. No caso de HAZOP de uma planta
existente, o primeiro passo é verificar se o P&ID está realmente
atualizado. A execução de um HAZOP com base em um P&ID incorreto é
simplesmente inútil.
A
execução de um HAZOP de boa qualidade exige, além da participação de
especialistas experientes, informações precisas, detalhadas e atualizadas a
respeito do projeto e operação da instalação analisada. Para execução do HAZOP
deve-se dispor de P&ID's atualizados, informações sobre o processo, a instrumentação
e a operação da instalação.
2. Fluxogramas de processo e balanço de materiais.
3. Memoriais descritivos, incluindo a filosofia de projeto.
4. Folhas de dados de todos os equipamentos da instalação.
5. Dados de projeto de instrumentos, válvulas de controle, etc.
6. Dados de projeto e set
points /válvulas de alívio, discos de ruptura, etc.
7. Especificações e padrões dos
materiais das tubulações.
8. Diagrama lógico de
intertravamento, juntamente com descrição completa.
9. Matrizes de causa e efeito.
10. Diagrama unificar elétrico.
11. Especificações das
utilidades, tais como vapor, água de refrigeração, ar
comprimido, etc.
12. Desenhos mostrando
interfaces e conexões com outros equipamentos na
fronteira da unidade/sistema
analisados.
4.
Pessoal
Necessário e suas Atribuições
O
HAZOP se baseia no fato que um grupo de peritos com diferentes experiências
trabalhando juntos podem interagir de uma forma criativa e sistemática e
identificar muito mais problemas do que se cada um trabalhasse individualmente
e depois fossem combinados os resultados.
No caso de plantas industriais
em fase de projeto, a composição básica do grupo de estudo deve ser aproximadamente a seguinte:
• Líder da equipe:
Esta
pessoa deve ser um perito na técnica HAZOP e, preferencialmente, independente
da planta ou projeto que está sendo analisado. Sua função principal é garantir
que o grupo siga os procedimentos do método HAZOP e que se preocupe em
identificar riscos e problemas operacionais, mas não necessariamente
resolvê-los, a menos que as soluções sejam óbvias. Esta pessoa deve ter
experiência em liderar equipes e deve ter como característica principal a de
prestar atenção meticulosa aos detalhes da análise.
Este
normalmente é o engenheiro responsável por manter os custos do projeto dentro
do orçamento. Ele deve ter consciência de que quanto mais cedo forem
descobertos riscos ou problemas operacionais, menor será o custo para
contorná-los. Caso ele não seja uma pessoa que possua profundos conhecimentos
sobre equipamentos, alguém com estas características também deverá fazer parte
do grupo.
• Engenheiro de processos:
Geralmente
é o engenheiro que elaborou o fluxograma do processo. Deve ser alguém com
considerável conhecimento na área de processos.
• Engenheiro de automação:
Devido
ao fato de as indústrias modernas possuírem sistemas de controle e proteção
bastante automatizados, este engenheiro é de fundamental importância na
constituição da equipe.
• Engenheiro eletricista:
Se o projeto envolver aspectos importantes de continuidade
no fornecimento de energia, principalmente em processos contínuos, esta pessoa
também deverá fazer parte do grupo.
Para complementar a equipe de estudo, devem ser
incluídas pessoas com larga experiência em projetos e processos semelhantes ao
que será analisado. No caso de estudo de uma planta já existente, o grupo deve
ser constituído como segue:
• Líder da equipe: Como
no caso anterior.
•
Chefe da unidade ou engenheiro de
produção:
Engenheiro
responsável pela operação da planta.
•
Supervisor-chefe da unidade:
É a pessoa que conhece aquilo que de fato acontece na
planta e não aquilo que deveria estar acontecendo.
•
Engenheiro de manutenção:
Responsável
pela manutenção da unidade.
•
Responsável pela instrumentação:
É aquela pessoa responsável pela manutenção dos
instrumentos do processo, que pode ser executada tanto por engenheiros de
automação como por eletricistas, ou por ambos.
•
Engenheiro de pesquisa e desenvolvimento:
Responsável
pela investigação dos problemas técnicos e pela transferência dos resultados de
um piloto para a fábrica.
Este fato exigindo que se crie um ambiente onde todos os
componentes do grupo se sintam livres para expor as suas opiniões sobre
determinado assunto. Para garantir esta liberdade de expressão, o líder da
equipe deve procurar evitar desequilíbrios, não permitindo que pessoas com
personalidade mais forte inibam a participação de outros membros do grupo, o
que geraria uma análise tendenciosa dos riscos.
O HAZOP não é uma técnica para
trazer mentes "recém-chegadas" para trabalhar em um problema. Esta é
uma técnica que permite aos que são peritos em um processo utilizarem seus
conhecimentos e experiências de maneira sistemática, de modo que os problemas
tenham menor probabilidade de serem omitidos. A porcentagem de acidentes,
posteriores ao HAZOP, que ocorrem porque o grupo não tinha o conhecimento
necessário para o desenvolvimento do estudo é mínima. A maioria dos acidentes
ocorre porque o grupo responsável pelo estudo deixou de aplicar os seus
conhecimentos.
5.
Estimativa
de Tempo e Custo Requeridos
As
reuniões da equipe de HAZOP devem ser suficientemente frequentes para se manter
o ímpeto desejado. Em geral, as reuniões devem durar cerca de três horas no
máximo e deve-se ter um intervalo de dois ou três dias entre reuniões
subsequentes a fim de permitir aos participantes coletar as informações
necessárias, ou seja, frequência de 2 a 3 reuniões por semana. Tudo dependerá
do entendimento do grupo e do tamanho e complexidade da obra
O tempo necessário e o custo são
proporcionais ao tamanho e complexidade da unidade que estiver sendo analisada.
Como debatemos em sala de aula
esse assunto e em reuniões com o pessoal do contrato e suprimentos o custo também
como sem dúvidas será fechado em função da condição de se conseguir os peritos
para realização do HAZOP:
1. Mobilização do profissional quando é externo ao estado da obra
2. Custo dessa mão de obra.
1. Mobilização do profissional quando é externo ao estado da obra
2. Custo dessa mão de obra.
3. Disponibilização
de mercado.
4. E
mais despesas complementares.
Quanto às reuniões destaca-se a necessidade
de alguns pontos vitais:
1. Comunicado
a equipe HAZOP dando ciência da reunião.
2. Pontualidade.
3. Assiduidade.
4. Objetividade.
5. Sentimento
de equipe.
6. Ânimos
desarmados.
7. Virtudes
como discernimento, razão, técnica e bom
senso.
Cabe aqui um ditado da minha
verve:
A verdade que todos nós somos ignorantes em
pelos menos alguma coisa, daí podemos discordar e acordar é o que chamamos
conflito, por isso teremos de ter a humildade de fazer a primeira pergunta e
chegar ao conhecimento, porém mesmo chegando ao conhecimento temos mais um
passo a frente que todos buscam a sabedoria que se resume no uso correto e para
bem do que aprendemos.
6. Natureza dos Resultados
Tipicamente os principais resultados
fornecidos pelo HAZOP são os seguintes:
- Identificação
de todos os desvios acreditáveis que possam conduzir a eventos perigosos ou a
problemas operacionais.
- Uma avaliação das consequências (efeitos)
destes desvios sobre o processo. O exame dos meios disponíveis para se detectar
e corrigir ou mitigar os efeitos de tais desvios. Podem ser recomendadas
mudanças no projeto, estabelecimentos ou mudança nos procedimentos de operação,
teste e manutenção.
Portanto, os resultados obtidos
são puramente qualitativos, não fornecendo estimativas numéricas nem qualquer
tipo de classificação em categorias.
1. O HAZOP é uma técnica que só pode ser
aplicada em processos de operação contínua ou em bateladas e após o
detalhamento do projeto em um fluxograma.
2. A metodologia fornece uma avaliação
qualitativa dos riscos.
3. No contexto do HAZOP, um cenário de acidente
é definido como sendo a ocorrência de um desvio das condições do projeto, suas
causas e cada um de seus efeitos.
4. O HAZOP é a técnica
que utiliza a metodologia baseada em um procedimento que gera perguntas de
maneira estruturada e sistemática através de uso apropriado de um conjunto de
palavras-guias aplicadas a pontos críticos (nós) do sistema em estudo.
5. O HAZOP técnica de
análise de risco, que NÃO considera a avaliação quantitativa das consequências
dos eventos catastróficos.
6. Em um determinado processo de trabalho, foi
aplicada a técnica do HAZOP e detectado um desvio: ausência de fluxo de uma
substância. Nesse caso, a palavra ou expressão-guia a ser utilizada no
formulário da técnica mencionada é NENHUM.
7.
Apresentação da Técnica HAZOP
A técnica HAZOP é essencialmente um procedimento indutivo
qualitativo, no qual um grupo examina um processo, gerando, de uma maneira
sistemática, perguntas sobre o mesmo. As perguntas, embora instigadas por uma
lista de palavras-guia, surgem naturalmente através da interação entre os
membros da equipe. Portanto, esta técnica de identificação de perigos consiste,
fundamentalmente, em uma busca estruturada das causas de possíveis desvios em
variáveis de processo, ou seja, na temperatura, pressão, vazão e composição, em
diferentes pontos (denominados nós) do sistema, durante a operação do mesmo.
1. Divisão da
unidade/sistema em subsistemas a fim de facilitar a realização do HAZOP.
2. Escolha do
ponto de um dos subsistemas a ser analisado, chamado nó.
3. Aplicação
das “palavras-guias”, verificando quais os desvios que são possíveis de ocorra
naquele nó. Para cada desvio, investigar as causas possíveis de provocá-lo,
procurando levantar todas as causas.
O
processo de execução de um estudo de HAZOP é estruturado e sistemático.
Portanto, se faz necessário o entendimento de alguns termos específicos que são
utilizados no desenvolvimento de uma Análise de Riscos desta natureza:
Nós-de-estudo (Study Nodes):
São
os pontos do processo, localizados através dos fluxogramas da planta, que serão
analisados nos casos em que ocorram desvios.
A
intenção de operação define os parâmetros de funcionamento normal da planta, na
ausência de desvios, nos nós-de-estudo.
Desvios:
Os desvios são afastamentos das
intenções de operação, que são evidenciados pela aplicação sistemática das
palavras-guia aos nós-de-estudo (p. ex. mais pressão), ou seja, são distúrbios
provocados no equilíbrio do sistema.
São
os motivos pelos quais os desvios ocorrem. A partir do momento em que um desvio
tenha demonstrado possuir uma causa aceitável, ele pode ser tratado como uma
ocorrência significativa e analisado adequadamente. As causas dos desvios podem
advir de falhas do sistema, erro humano, um estado de operação do processo não
previsto (p. ex., mudança de composição de um gás), distúrbios externos (p. ex.,
perda de potência devido à queda de energia elétrica), etc.
Consequências:
As consequências são os
resultados decorrentes de um desvio da intenção de operação em um determinado
nó-de-estudo (p. ex., liberação de material tóxico para o ambiente de trabalho).
São
os fatores ou componentes da intenção de operação, ou seja, são as variáveis
físicas do processo (p. ex., vazão, pressão, temperatura) e os procedimentos
operacionais (p. ex., operação, transferência).
Palavras-guia ou
Palavras-chave (Guide Words):
São palavras simples utilizadas
para qualificar os desvios da intenção de operação e para guiar e estimular o
grupo de estudo ao brainstorming. As palavras-guia são aplicadas aos parâmetros
de processo que permanecem dentro dos padrões estabelecidos pela intenção de
operação. Aplicando as palavras-guia aos parâmetros de processo, em cada nó-de
estudo da planta em análise, procura-se descobrir os desvios passíveis de
ocorrência na intenção de operação do sistema. Assim, as palavras-guia são
utilizadas para levantar questões como, por exemplo: "O que ocorreria se
houvesse mais...?" ou "O que aconteceria se ocorresse fluxo
reverso?".
Diversos tipos de palavras-guia
são utilizados, dependendo da aplicação da técnica. O Quadro 7 apresenta as
palavras-guia mais utilizadas para o desenvolvimento de um HAZOP, acompanhadas
de seus significados.
8. Principais
Vantagens da Técnica HAZOP
O HAZOP é ideal para ser
empregada na fase final de elaboração do projeto de processo, embora também
seja aplicada na etapa de operação. As principais vantagens da análise por
HAZOP estão relacionadas com a sistematicidade, flexibilidade e abrangência
para identificação de perigos e problemas operacionais. Além disso, as reuniões
de HAZOP promovem a troca de ideias entre os membros da equipe uniformizando o
grau de conhecimento e gerando informações úteis para análises subsequentes,
principalmente, para Avaliações Quantitativas de Riscos (AQR).
Além disso, o HAZOP serve para os membros de a equipe
adquirirem um maior entendimento do funcionamento da unidade em condições
normais e, principalmente, quando da ocorrência de desvios, funcionando a
análise de forma análoga a um "simulador" de processo.
9. Modelo de
Planilha HAZOP
Para realização do HAZOP, utiliza-se a planilha mostrada no Quadro 9. O
cabeçalho desta planilha identifica o subsistema que está sendo analisado, o
fluxograma de engenharia usado e o nó escolhido.
Dicas:
Sempre
marque um nó de estudo na entrada de um grande equipamento e na saída de um
equipamento que acumule produtos (ex.: vasos, tanques,...) e antes e depois de
linhas que cruzam
Fazer sempre perguntas no nó de estudo, começar sempre a buscar as falhas no início do sistema
LINKS ABAIXO PARA
ASSISTIR OS VIDEOS:
HAZOP Apresentação Eng José Vilmar Parte 1
HAZOP Apresentação Eng José Vilmar
Parte 2
Eng° José Vilmar
Consultor Sênior de Eletromecânica / QSMA
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